A década de 50 é marcada pelo acentuar das mudanças provocadas pela II Grande Guerra e revela-se propícia para o desenvolvimento de uma nova mentalidade cinematográfica. Nos EUA a industria cinematográfica enfrentava o estado, nomeadamente nas investigações do Comité de Investigação de Actividades Anti-Americanas e na decisão do Supremo Tribunal a obrigar os estúdios de Hollywood a desfazerem-se das suas salas de cinema.
Iniciadas em 1948, as investigações do Comité ganharam um novo fôlego quando, em 1951, elementos dos Dez de Hollywood denunciaram vários outros profissionais. Como resultado, o Comité suspendeu dezenas de profissionais que só voltariam a trabalhar livremente no final da década.
Para combater a fuga de espectadores das salas de cinema, os estúdios começaram a apostar em avanços tecnológicos como os filmes a três dimensões e em sistemas de projecção de grande formato. Se os filmes a três dimensões, que necessitavam de uns óculos especiais para serem apreciados, não passaram de uma curiosidade, já os sistemas de projecção de grande formato, como o CinemaScope, contribuíram para o surgimento do cinema espectáculo. Assim, chegam ao grande ecrã filmes como "Os 10 Mandamentos", "A Volta ao Mundo em 80 Dias","Serenata à Chuva" e "Um Americano em Paris": verdadeiros acontecimentos cinematográficos que marcaram a década e são, ainda hoje, marcos da história da sétima arte.
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