Tipos de Alfabeto:
Alfabeto Arménio:
O Alfabeto Arménio terá sido criado, segundo reza a tradição, por Mastoc que no séc. V d.C. ocupou as funções de intérprete da corte dos reinos da Arménia.
Esta escrita, que comporta um jogo regular de vogais e consoantes exactamente igual ao tipo grego, compreende diversos caracteres introduzidos para se distinguirem dos sons estrangeiros da língua grega
Alfabeto Etrusco:
O Alfabeto Etrusco foi utilizado entre os séculos VII e II a.C. por um povo cuja língua é de origem desconhecida e de difícil tradução. A civilização etrusca, formada na Toscânia, atingiu o seu apogeu no séc. V, sofrendo o seu declínio entre os séculos IV e I a.C., na sequência das invasões gaulesas e das conquistas romanas.Apesar desta língua não poder ser fielmente catalogada na família indo-europeia ou pré-indo-europeia, nem em nenhuma outra família linguística até agora reconhecida, o seu alfabeto é semelhante a um alfabeto grego primitivo utilizado pelos Dórios da Sicília. As condições desta transmissão não foram até hoje esclarecidas.
Alfabeto Fenício:
A descoberta do alfabeto não consiste na invenção de uma série de signos gráficos, mas na decomposição da palavra em sons simples, em que cada qual é representado por um só signo. A dificuldade foi resolvida uma só vez de uma forma original pelos fenícios. Desde o princípio, pela limpeza e precisão das formas, pela escolha sensata de sons simples, este alfabeto, composto de vinte e duas consoantes, atingiu a perfeição.
O alfabeto fenício arcaico, que está na origem de todos os alfabetos actuais, apareceu pela primeira vez em Biblos. Uma inscrição descoberta em Akhiram, considerada como o mais antigo testemunho, foi datada do séc. XIII a.C. As colónias fundadas pelos fenícios em Chipre e no Norte de África e as feitorias instaladas no Egipto, contribuíram definitivamente para a expansão deste alfabeto até territórios que não sofreram directamente a influência fenícia
Alfabeto Latino:
O Alfabeto Latino, tal como o alfabeto etrusco, tem a sua origem mais ou menos directa no povo grego do sul de Itália, sendo, depois dessa época, fixado no começo do Império, sem que desde então nenhuma modificação essencial se tenha verificado. A sua expansão foi assegurada em todos os países sujeitos à dominação romana.
Os manuscritos mais antigos reproduziam, com leves alterações, a escrita maiúscula das inscrições. Desta nasceu a escrita oncial e, da cursiva romana, conhecida por ser utilizada em actos oficiais, nasceram os caracteres minúsculos utilizados pelos copistas do Ocidente
Os tipos latinos de imprensa reproduzem, lentamente, nas maiúsculas, o desenho das inscrições romanas do Império e nas minúsculas, os caracteres dos manuscritos carolíngeos do séc. XIX. Daqui nasceram novas formas, como o itálico e o gótico.
Alfabeto Russo:
O Alfabeto Russo não é mais que o antigo alfabeto eslavo cirílico, que não sofreu nenhuma reconstrução sistemática e cujo uso lhe trouxe simplesmente algumas alterações: a junção de signos destinados a realçar as diversas pronúncias de uma mesma letra e a supressão de signos correspondentes a sons que não eram utilizados.
Fixado sob esta forma desde o reinado de Pedro o Grande, o alfabeto russo sofreu algumas modificações recentes visando a simplificação.
Alfabeto Samaritano:
Os habitantes de Samaria, na Galileia, conservaram a tradição da antiga escrita fenícia para os seus livros sagrados, tendo os Hebreus adoptado o alfabeto aramaico. Os samaritanos qualificam até o seu alfabeto como hebraico.
Os caracteres samaritanos têm numerosas semelhanças com os fenícios, mas são muito mais ornamentados.
Alfabeto Sérvio:
O Alfabeto Sérvio é uma adaptação do alfabeto cirílico eslavo, realizado no séc. XIX pelo gramático Vuk Karadjic, que eliminou dois signos que já não eram pronunciados e lhe acrescentou cinco novos signos. O alfabeto sérvio tornou-se assim, do ponto de vista fonético, um dos mais conseguidos na Europa. Acrescente-se que a língua sérvia pode também ser escrita através do alfabeto latino, enriquecido com alguns signos especiais, sendo esta a escrita adoptada pelos católicos romanos da Croácia, enquanto que os ortodoxos da Sérvia continuam fieis à escrita cirílica.
Alfabeto Tibetano:
O Alfabeto Tibetano foi composto no séc. VII d.C. pela tradução de textos sagrados do budismo. Derivado das escritas cursivas utilizadas nessa altura na Índia central, foi composto com um manifesto cuidado de simplificação, graças a um rigoroso conhecimento da fonética. A criação foi atribuída a Thonmi Sambhota, ministro do primeiro rei tibetano convertido ao budismo, que terá trazido, em livros sagrados, estas escritas das Índias.